De corujas protetoras a elefantas incansáveis, descubra instintos maternos cheios de fofura, coragem e lições de vida
Nesta data de comemoração e gratidão, a gente quer compartilhar com vocês curiosidades, desafios e comportamentos incríveis de mães de diferentes espécies.
Aviso: Se cuidado compartilhado, rede de apoio, amorosidade, momentos de birra, de cansaço e sobrecarga parecem ser algo muito humano, as mamães do reino animal vão te surpreender. E então, vamos nos sentir acompanhadas e inspiradas?
Coruja: a mãe superprotetora e teatral

A coruja-buraqueira, uma espécie comum no Brasil, fica um mês todinho chocando seus ovos enquanto o parceiro traz comida pra ela. Os filhotes vão nascendo em dias diferentes, e ela precisa proteger os filhotes tanto de ameaças externas quanto dos próprios irmãos mais velhos - que se estiverem com fome podem atacar os menores. Apesar de muito pequena, esta mãe corajosa e insistente enfrenta qualquer um que passar perto do ninho dela, de forma bem teatral: estufa as penas, faz sons graves, dá rasantes rápidos, emite sons bem altos que imitam aves de rapina (como águias e gaviões) - e funciona, é realmente de colocar qualquer um pra correr!
Elefante: mãe que nunca esquece

Elefantes gestam por 22 meses, cuidam das crias até os 10 anos em conjunto (mãe e tias), vivem e viajam em família compartilhando os cuidados com os menores - que inclusive sabem fazer birra, se jogando no chão e esperneando quando são contrariados (acredita?). Elefantes são bastante sensíveis e formam laços muito estreitos com familiares e amigos, já foram documentados muitos momentos de luto entre elefantes, inclusive por filhotes - que as mães tentam reanimar antes de aceitar a perda.
Pinguim-imperador: mãe que vai trabalhar

Após colocar o ovo, a mãe entrega cuidadosamente para o pai que vai incubar enquanto ela vai ao mar se alimentar. Ela volta cheia de peixes para compartilhar (regurgitando) no momento exato que o filhote nasce! Que precisão. Depois de nascido, o cuidado do filhote segue compartilhado, revezando o filhote entre as patas e penugem da barriga de um e do outro. Quando estão maiores, preparados pra pisar na neve sozinhos, os filhotes são reunidos em uma “creche” coletiva, fazendo piados que parecem crianças brincando, e se mantendo aquecidos enquanto os pais vão pescar.
Jacaré: mamãe sempre por perto

A mãe protege seus ovos e os carrega na boca para transporte seguro, e leva os filhotes nas costas ou sobre a cabeça. Ela defende eles de qualquer ameaça (seja animal ou humano) por semanas, e nesse período fica emitindo sons de baixa frequência para manter os filhotinhos perto. Quem disse que sangue-frio é sinônimo de frieza?
Canguru: o melhor colo do reino animal

Todos sabemos que as mães canguru levam os filhotes na sua bolsa por meses, inclusive para o desenvolvimento do corpo que nasce ainda despreparado para o mundo. A curiosidade aqui é que muitas vezes os filhotes, mesmo depois de crescidos, não querem saber de sair da bolsa! acho que alguns filhotes e mães humanos também entendem esse dilema.
Lontra: a mãe criadora do melhor berçário

As lontras passam boa parte da vida na água, inclusive dormindo de mãos dadas para não se perder com a maré durante o sono. Mas você sabia que elas embalam seus filhotes com algas, assim como os humanos fazem com bebês, e assopram ar pra manter ele flutuando enquanto saem para buscar comida? Dá pra morrer de fofura vendo este vídeo.
Gorila: um grude com seu nenêm, não mexe com eles não!

Uma mãe bem protetora é a gorila, que carrega seus filhotes bem pertinho do corpo o tempo todo… e muitas vezes puxa eles de volta arrastados quando estão se aventurando a explorar, como quem tem medo que se machuquem. Apesar de ser um pouco superprotetora, ela também sabe o que faz - é perigoso se o filhote realmente incomodar o macho líder do grupo, e ela vai defender seu filhote mesmo que seja um embate desigual.
Urso polar: uma mamãe didática que ensina autonomia

A mamãe ursa também é bastante cuidadosa, inclusive confrontando machos, que às vezes praticam o infanticídio. Também precisa proteger os pequenos da hipotermia enquanto busca alimentos para toda a família - geralmente ela e dois a três filhotes. Uma coisa curiosa é como ela pode ser bastante calma e paciente com o processo de aprendizado do filhote, não se desesperando e transmitindo calma pra ele aprender a sair de situações difíceis sozinho, como neste caso do filhote que cai na água. Que desafio, né?
Mico-leão-dourado: uma mãe que conta com a família unida

A mãe geralmente dá a luz a gêmeos e, diferentemente de outros primatas, tanto o pai quanto os irmãos mais velhos se revezam para carregar os filhotinhos, enquanto a mãe pega no colo somente para amamentar. Esse comportamento cooperativo ajuda a mãe a se recuperar, já que é pequena e os gêmeos requerem muito do seu corpo - no parto e na amamentação. Isso também estreita os laços de toda a família. Todos ajudam na alimentação e proteção dos pequenos, inclusive os tios: maternidade com amor e empatia.
Capivara: ser mãe em comunidade, uma paz!

Nosso roedor mais carismático e amado, que derrete corações no mundo todo, tem uma maternidade muito fofa. São mães muito pacientes e tranquilas, levando seus filhotes nas costas ou nas famosas filas de capivarinhas. Mas, você sabia que em grupos grandes os filhotinhos de capivara podem amamentar com outras fêmeas do grupo, não apenas com a mãe biológica? Realmente é uma rede de apoio na proteção, ensinamentos e alimentação.
Aranha-lobo: leva todo mundo nas costas, enquanto precisarem

Ela carrega seus ovinhos presos no corpo num casulo, e depois de eclodirem os ovos leva dezenas de filhotinhos nas costas até que sejam independentes - por semanas se locomove, caça e se alimenta sem abandonar nunca suas crias, num comportamento atípico para aranhas. E, você sabia que se comunicam com os filhotes por vibrações? A mãe sente as vibrações dos filhotes e sabe se precisam de proteção ou que ela se movimente de modo mais cuidadoso, por exemplo, e ajusta seu comportamento de acordo.
E não podiam faltar as mamães que muitas vezes dividem a casa com a gente:
Gato: a mãezona que recebe quem precisa

As gatas domésticas são mães muito cuidadosas com seus filhotes, muito higiênicas e atentas. Organizam seus filhotes como quem faz uma cama, ajeitando com as patinhas, e acordam e correm pra acudir qualquer chamado dos seus filhotes. E você sabia que elas também adotam outros filhotes, inclusive órfãos de outras espécies - como coelhos, cães, raposas ou patinhos? e até bichos de pelúcia?
Cachorro: a mãe amorosa e às vezes sobrecarregada

Cadelas são mães muito diligentes, amorosas, cuidadosas - e também muito expressivas… Como podem ter ninhadas muito grandes, ficam sobrecarregadas. Já viu registros de uma mãezinha de ninhada grande olhando exausta pros humanos quando filhotes estão causando alvoroço? Nesses momentos já foram filmadas até “fugindo que não ouviram” o filhote pedir atenção - elas só precisam de 5 minutos de paz, minha gente… Mas isso não impede estas mãezonas de, assim como as gatas, cuidar de filhotes de outras espécies: há registros de adoção de outros animais, como raposas, leões, tigres, vacas e porcos. É de derreter o coração.
Galinha: proteção real é estar embaixo desta asa

Por último, as queridas galinhas. Estas que fazem amigas, que ajeitam seu ninho cuidadosamente, que chocam seus ovinhos com carinho. Sabe quando uma pessoa quer falar de proteção usa a expressão debaixo da asa? Procede! Uma galinha pode acomodar dezenas de pintinhos sob suas asas, bem quentinhos e protegidos, como quem ainda está chocando os filhotinhos crescidos.
Amores de mãe desafiam tudo!
Com dedicação, amorosidade, humor, troca, cansaço, alegria, generosidade e até leveza enfrentam todo tipo de desafios. A maternidade é uma experiência inexplicável e que ao mesmo tempo conecta tantos seres vivos pelo globo, e há tantos jeitos de maternar quanto há seres vivos: cada um único, todos maravilhosos! Vamos celebrar todos os modos de maternar e amar!