Os rios voadores da Amazônia são cursos de água atmosféricos. E o que isso quer dizer? São massas de ar carregadas de vapor de água, propelidas pelos ventos para outras regiões. Esses "rios” invisíveis são essenciais para a manutenção da vida como a conhecemos.
Funciona assim: a Floresta Amazônica puxa pro continente uma enorme quantidade de água que vem do oceano em forma de umidade e chuva. Depois, ela libera essa umidade de volta pra atmosfera em forma de vapor d’água, que é transportado pelas correntes de ar invisíveis. Quando começa seu trajeto, a precipitação parcial nas encostas leste da Cordilheira dos Andes (barreira natural que faz esses rios voadores circularem) forma as cabeceiras dos rios amazônicos. Continuando sua jornada, esses rios invisíveis passam sobre todos nós, carregando umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
“De acordo com o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), uma única árvore de 10 metros de altura emite uma média de 300 litros de água por dia, mais do que o dobro do total de água consumida por uma pessoa durante o dia para beber, cozer alimentos, tomar banho etc."
Artigo Brasil Escola sobre Rios Voadores.
A circulação de água pelos ares garante chuvas, que garantem rios, lavoura, reservatórios de água para energia e consumo humano e animal. Garante vida! Mas este ciclo só é possível por conta da vegetação, das árvores. Com o desmatamento este ciclo deixa de acontecer.
Ou seja, quando falamos sobre a importância da preservação da Amazônia não estamos só pensando nos 4,196.943 milhões de km2 que abrigam ar de milhões de vidas (310 mil pessoas de 180 povos indígenas, 40.000 espécies de plantas, 3.000 espécies de peixes, 1.294 espécies de aves, 427 espécies de mamíferos, 428 espécies anfíbios, 378 espécies répteis e 2,5 milhões de espécies de insetos). As coisas estão interligadas.
Faz mais sentido ainda pensarmos na preservação da Amazônia junto aos outros ecossistemas que nos rodeiam. Desde a mata atlântica até a vegetação rasteira que protege o solo, a restinga que abriga vida e segura a desertificação, os hortos e parques que regulam o clima em regiões urbanizadas.
O vivo precisa ser protegido pra continuar nos protegendo. E que bom momento para termos isso em mente.
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Saiba mais do fenômeno no Projeto Rios Voadores
